20 de junho de 2008

Encontro ecuménico


Realiza-se na Suíça, a 40 km de Zurique. Católicos e protestantes encontram-se para uma celebração anual comum, na igreja católica. O tempo está soberbo. A música e o coro são um encanto.
Sou convidado a intervir e a presidir à Eucaristia. Uma mulher ordenada estava perto de mim, no coro.
O clima do encontro impressiona-me: há uma relação de igualdade que se estabelece de imediato. Muito simplesmente, um ser humano dirige-se a outro, para lá das máscaras, dos títulos, das funções. A experiência mostra que não se pode testemunhar o Evangelho a partir de uma situação de poder, isto é, quando se tem uma relação de superior para inferior. Mas quando as relações humanas se estabelecem entre iguais, num ambiente de verdade, então o Evangelho tem oportunidade de ser anunciado. É o que se passa nesta assembleia ecuménica.
O tempo reservado ao diálogo, a partir de perguntas colocadas, manifesta uma inegável abertura ao mundo.
Digo para comigo: “Aqui estão cristãos voltados para os outros, apaixonados pela justiça e a paz.” Mas o que mais me impressionou, foi aquela vontade de viver num mundo sem discriminação. Encontra-se esta preocupação da igualdade entre os seres humanos. Igualdade de direitos. Recusa da dominação. Católicos e protestantes querem-se solidários e fermento de humanidade. Que sinal encorajador!

Jacques Gaillot in Partenia

2 comentários:

Anónimo disse...

Que absurdo! A única igreja de cristo é a católica. Leiam os documentos da Igreja, Leia Pio X e tantos outros santos que excomungaram esses ecumenismo.

João (JMA) disse...

O ecumenismo nunca foi excomungado.
Por duas ordens de razões:
1 - Por ser conforme ao Magistério da Igreja;
2 - Porque não se "excomungam" ideias, mas pessoas que persistem num erro suficientemente grave para os afastar da comunhão com a Igreja.