Vossa Santidade,
É uma honra para mim, dirigir-me a vós em nome das comunidades cristãs em Lisboa. Elas estão aqui representadas pelos Pe. Alexandre Bonito, da Igreja Ortodoxa, Pe. Diamantino Lemos, da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana), Dr. David Valente, Secretário Geral da Igreja Presbiteriana, e eu próprio, da Igreja Católica. Desejo-lhe as mais calorosas boas-vindas, da parte do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, que se recorda com amizade do vosso ultimo encontro, aquando da vossa última visita, em 2001.
1. A vossa presença aqui - este encontro de representantes de várias tradições religiosas na mesquita central de Lisboa - é um notável sinal dos tempos em que vivemos. As coisas mudam com grande velocidade. E estas mudanças trazem consigo medo e insegurança para alguns, e entusiasmo para outros que buscam algo de novo. Penso que este encontro apela a ambas estas tendências, dentro das nossas comunidades. Reconhecemos as nossas diferenças. Elas são por vezes profundas e significativas. Não desejamos escamoteá-las. Cada uma das nossas tradições é uma peça única do nosso património cultural mundial, trazendo com ela séculos de sabedoria e espiritualidade. Mas, apesar de todas as nossas diferenças, tensões e, por vezes, inimizades, fomos capazes hoje de dar uns aos outros a mão da amizade, e de exprimir o nosso compromisso comum com a construção da paz entre os povos do mundo.
2. Rezo para que as Igrejas Cristãs em geral, e a Igreja Católica em Portugal, tenham um coração terno e humilde, para que sejamos capazes de acolher entre nós, como irmãos e irmãs em Deus, todos os imigrantes que buscam uma vida melhor, qualquer que seja a sua religião. Desejo que sigamos o caminho da rectidão.
3. Rezo também para que Vossa Santidade seja abençoada, e que o vosso coração esteja sempre pleno de luz. Que a paz esteja convosco e com o vosso povo no Tibete.
Discurso feito na Mesquita Central de Lisboa, pelo Padre Peter Stilwell
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